A indiferença, essa cortina transparente que embaça nossos sentidos, essa neblina que gela a nossa mente, que nos torna cristalizados perante o sofrimento dos outros. Essa apatia apaga nossa visão e nos torna mortais limitados, enquadrados numa rotina que nos tira a imaginação, nos remete ao labirinto das ações que se funde em atitudes pequenas, esquecendo a grandeza de nossa imortalidade. Voltados para as coisas materiais, removemos nossa inspiração e nos colocamos lado a lado com a miséria, desprovidos de compaixão olhamos os outros com desdém. As pessoas se tornem transparentes, invisíveis, passamos ao largo sem as ver, sem as sentir. Ignoramos suas presenças, suas histórias, com isso ignoramos a nós mesmos, evitamos a nossa presença. Nos encarar, olhar para dentro sem nos julgar, sem nos punir, tolerar nossas fraquezas e enaltecer nossas virtudes, talvez seja a forma de nos revelar, e nos compreender, momento a partir do qual elevaremos ...
Acordo e logo cedo, surgem as inspirações.
Reflexões sobre o cotidiano, da prosa à poesia.
Espero que se inspire também!