Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de abril, 2019

O Medo

Há dois tipos de medo. Os externos que nós os enfrentamos com o instinto, essa dávida que, ignorando nossos preconceitos e nossa razão, age incondicionalmente nos fornecendo a adrenalina suficiente para enfrentar ou correr. Os internos, cujos limites deveriam apenas nos condicionar ao convívio coletivo, e que acabaram ampliados pela sociedade em busca de poder e do domínio de uns sobre os outros. As pessoas foram sendo subjugadas por preconceitos e regras que as enclausuraram mentalmente e como conseqüência sua capacidade evolutiva estagnou. Acuadas substituíram a precaução pela preocupação e a expectativa pela ansiedade. Elas deixaram que o medo as paralisasse e se entregaram ao “conforto” da mesmice, da rotina. O medo, que desde a criação, nos fora oferecido para proteger, garantir nossa subsistência agora nos sufoca e nos inibe. Medo de mudar, medo do desconhecido, medo de arriscar, medo de se soltar, medo de ser verdadeiro. A curiosidade foi sufocada pelo racioc

Dialogo

A base da evolução é o diálogo consigo mesmo. Frente a frente com nós mesmos não conseguiremos mentir, nem disfarçar, essa é a razão pela qual essa troca nos faz crescer. Nossas verdades aparecerão, nossas paixões, nossas traições, nossa coragem e covardia se revelarão e teremos as condições para rever e reformular A reflexão interior não é como a do espelho, que a luz pode amainar, ela é como a refração no cristal que se abre em leque, ela é aquela que nos deixa despidos, desarmados e autênticos. Nessa altura então temos condições de projetar nossa reformulação e continuar o dialogo. Perguntamos por que fizemos, como tivemos coragem de fazer. Entre coisas que nos elevam e diminuem o saldo pode ter sido positivo ou negativo mas é importante encarrar. Em nosso dialogo as vezes ficamos encabulado com nossas ações, com a frieza e coragem que chega a nos surpreender, mas não importa, se a descoberta é para melhorar é valida, pois não estamos aqui para nos julgar nem para nos

Tristeza

Se um dia a tristeza chegar Abra a porta pro sol secar Pinte de azul tudo que encontrar Pra lua se aconchegar e te namorar Chame alguém para ficar a seu lado Diga um verso bonito do seu coração Sele a chegada com um beijo molhado E cante baixinho uma velha canção Que fale de amor e de toda saudade Pois ambos juntinhos trazem a felicidade Não deixe lábios frios tocar na sua boca Nem prantos vazios, que te deixem louca Preencha o espaço gritando sua fala Te ouvindo tão alto, a tristeza se cala

A Sombra

Sentado no banco da praça de costas para o sol, com os cotovelos apoiados nos joelhos, pensativo, vi minha sombra projetada no chão e comecei um dialogo surdo com ela. É fácil ser sombra, não sente frio nem calor, sede ou fome, não ouve nem fala não importa o que aconteça , está indiferente a tudo, não sofre. É aí que você se engana, retrucou. Eu não tenho independência, não sou livre.   Na verdade eu sou um complemento e com muitas desvantagens. Eu participo de seus sofrimentos sem poder derramar uma lágrima, das coisas boas sem o gargalhar de suas alegrias, de seu sucesso sem ouvir os aplausos. Eu sou companheira e não ouço sua voz. É um silenciar incomodante, passivo e angustiante. Você ainda se lamenta. E quando a penumbra se apresenta ela me apaga, eu não mais participo. Eu nunca estou presente onde o amor se completa . Levantei depressa em direção à sombra de uma arvore, lá eu sabia que não precisaria dar a resposta.

Cochilo

As vezes quando eu chego em casa, naquele intervalo em que a natureza desliga o sol e liga a lua, recostado no sofá , com a adrenalina baixando, vou desligando a realidade e ligando a sensibilidade. Nesse instante mágico de penumbra os olhos fraquejam e se eu tiver sorte de não ser interrompido pelo chick da televisão ou dos talheres do jantar, eu passo a mergulhar num estado leve de imaginação que me leva ao passado, ao tempo da juventude e se um cochilo me arrebatar vai se transformar num sonho e eu terei a oportunidade de ver aqueles desejos   se concretizarem numa falsa realidade, que por um instante me deixarão feliz.             Nesse momento vejo concluído um sonho do passado que embora distante, pinçado para a realidade , mesmo que efêmera, maravilhoso. Saboreio, degusto e me encanto. Vou então querendo mais, buscando mais coisas, puxando as lembranças. A lista é grande o entusiasmo aumenta......... Mas de repente, palavras mágicas interrompem o devaneio:    “AMOR