Há dois tipos de medo.
Os externos que nós os enfrentamos com o instinto, essa
dávida que, ignorando nossos preconceitos e nossa razão, age incondicionalmente
nos fornecendo a adrenalina suficiente para enfrentar ou correr.
Os internos, cujos limites deveriam apenas nos condicionar
ao convívio coletivo, e que acabaram ampliados pela sociedade em busca de poder
e do domínio de uns sobre os outros.
As pessoas foram sendo subjugadas por preconceitos e regras
que as enclausuraram mentalmente e como conseqüência sua capacidade evolutiva
estagnou.
Acuadas substituíram a precaução pela preocupação e a
expectativa pela ansiedade.
Elas deixaram que o medo as paralisasse e se entregaram ao
“conforto” da mesmice, da rotina.
O medo, que desde a criação, nos fora oferecido para
proteger, garantir nossa subsistência agora nos sufoca e nos inibe.
Medo de mudar, medo do desconhecido, medo de arriscar, medo
de se soltar, medo de ser verdadeiro.
A curiosidade foi sufocada pelo raciocínio do benefício
imediato do, não vale apena, é trabalhoso, está bom como está, isso não vai dar
certo e tantas outras manifestações que reduziram nossa vontade de descobrir o
novo.
Limitado nesta dimensão de espaço e tempo pelo medo,
perdemos a oportunidade de explorar outras novas, além daquelas que os nossos
cinco sentidos permitem, esquecemos que temos outras capacidades sensoriais,
que nos possibilitam ir além.
O medo é tamanho que não mais lembramos nosso lado ilimitado,
nossa dimensão maior fora do corpo físico.
Nossos recursos de intuição e sensibilidade ficaram
bloqueados no limites finito em que vivemos e deixamos de recorrer ao nosso
universo interior, atemporal, não espacial, onde realmente podemos trabalhar
nossa evolução.
Nesse templo, nossos sentimentos, nossos pensamentos, nossas
emoções se expandem e nossa criatividade aparece rompendo o cotidiano para permitir,
nosso mergulho num mundo maior de conhecimento infinito
Ousar é a palavra, romper as barreiras que o medo nos impõe,
para ir além e expandir nossa consciência.
Porem, nossa maior barreira ainda é o medo da morte, frente à
grande interrogação, nos acovardamos, esquecendo que ela não é o fim, mas o
começo, o começo da viagem que todos faremos para nos juntar novamente.
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