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Mostrando postagens de maio, 2019

Ponto de transição

Sempre me intrigou a expressão “ofereça a outra face”. Analisando as varias situações em que um encontro teve sucesso eu verifiquei que sempre havia um padrão. A primeira reação era tentar controlar a raiva, a angustia, ou seja, baixar, zerar as emoções que não estavam contribuindo, emoções negativas, e chegar a um estágio de neutralidade que permitisse passar para um momento de emoções favoráveis, positivas. O ponto chave da reversão era não focar a culpa, não procurar o culpado e oferecer uma saída para resolver a situação. Havia então o padrão, ver os fatos, sair da culpa, focar a solução. Assim era analisar o que aconteceu, e passar o mais rápido possível na busca do resultado. O ciclo mostrou que há nele um ponto de transição que se não for ultrapassado , a situação não se resolve , patina ou piora. Se não for oferecido algo novo que quebre a sequencia, que vire as emoções para o lado positivo e façam todos olharem um novo viés da questão, o foco da culpa domina a relação.

A experiência

                                                            Fico pensando que a idade agora só me permite pensar no presente, com o passado apagado e o futuro curto, não resta outra alternativa. O que é um presente com passado esquecido e um futuro encolhido?   É uma sensação nova e interessante. Ou seja, não disputo mais, por que não vale a pena e por esse mesmo motivo não invisto. Fico então na presença de viver cada dia, passo assim a atuar e agir sem a preocupação de ter algum retorno, fico na minha . Melhor explicando, vou agindo conforme a situação se apresente, para resolver, se for problema ou desfrutar se for coisa boa. Não preciso pensar muito para agir, não tenho condicionamento que me segure, não preciso honrar o passado e nem apostar no futuro. A sensação é muito confortável e pouco estressante. Aí, me pergunto não é assim que deveríamos agir sempre, em qualquer fase da vida? Não seria isso viver em prontidão para o que viesse? Ou talvez não, é necessária um

Brincar o Carnaval

Pode ser um pouco de saudosismo acha que o carnaval era um retorno à infância, era uma brincadeira por isso mesmo ela se realizava nas ruas, nos salões, para brindar a inocência. Um gosto de saudade que era possível se transformar em realidade por três dias. Pensar que as fantasias pinçadas nos contos de fadas, nas obras de teatro, no circo. Fadas, Pierrôs, palhaços e até o simpático malandro do morro da calça branca e camisa listrada compunham um cenário simples, mais verdadeiro.    Que as escolas de samba se contentavam em contar a nossa historia e sonho de sermos rei, princesa ou rainha por um dia. Mas parece evidente que hoje com a inocência relegada, impera um cenário sexo, poder, desafio, confronto, protesto e auto exibição. O espaço se apresenta mais como uma disputa onde todos querem ocupar. A droga, o álcool, o assalto, acompanham o cortejo. Fica a impressão que tudo isso se alterou, nossos sonhos de criança foram sufocados porque a inocência foi reduzida e que d

Sempre ela.

Mãe é aquele último reduto, a última pessoa que você recorre quando tudo deu errado. Quando ninguém mais te sustenta, ela aparece. Ela te alimenta, te educa, te preserva e te prepara, para você voar, se soltar, mesmo assim está pronta para te receber quando você voltar. Quantas vezes você partir. Se você tem sucesso ou fracassar, ela estará lá. Se você respeitar ou infringir, ela te apoiará. Se você acertar ou errar, ela te receberá. Mãe é incondicional. As pessoas conseguem continuar, porque têm a certeza de que sempre tem alguém a esperá-las. Dor lagrima, felicidade, paixão, brota sempre desse coração que sabe dosar a razão e a emoção. Mãe é domínio da ação, envolvida na emoção e na devoção. Para ela só razão não faz sentido, porque ela sabe que a vida, vale pela trajetória. A vida é uma passagem, o importante é o que se revela no trajeto, visto que o ponto final é conhecido. O destino você traça com suas escolhas, e com esse poder somos deuses, mas para tolh

A Revolta

Acredito ser sempre possível optar pela revolta ou pelo silencio A revolta nos traz a cólera, o ódio, acelera os instintos.    . O silencio pode trazer as lagrimas, mas as lágrimas acalmam a alma. O instinto não conhece a alma porque ele trata da vida, ele é terreno.   A vida tenta manter o corpo para sustentar o espírito que se protege dentro da alma O silencio acalma a alma para preservar o espírito A opção pelo silencio é muito mais difícil por que temos de domar o instinto, mas o instinto ninguém domina, só controla.   O controle se faz pela razão, usando a lógica, o raciocínio, e isso exige conhecimento, pois a intuição não pode ajudar, ela está longe dos instintos e da razão, a intuição é independente. O conhecimento é importante, por que ele traz a experiência, a experiência é o legado passado acumulado que permite usar a razão, a comparação, e a escolha. Silenciar, para acalmar o instinto e dar tempo para a razão se colocar,   é a fórmula de evitar se arrepe

Estranha observação

A vida, com o tempo, vai se transformando numa passagem de representação, vamos nos transformando  de protagonista à espectador. Esse atributo, embora disponível, não é acolhido, nem percebido por todos. Hoje eu mais observo que atuo, ou melhor, mesmo atuando eu ainda sou um espectador. É interessante agir e ao mesmo tempo observar a cena. É estranho se colocar parcialmente dentro e parcialmente fora do contexto. Participa-se, mas observa-se o comportamento dos outros também , como cada um age , atua, se desenvolve, se empenha em seu papel. A cada situação é como houvesse um escript emocional conhecido. Você está vivendo seu papel com a nítida percepção do que está acontecendo no geral. Você se vê um diretor ao comparar os papeis, pois as cenas vão se desenrolando e você vai analisando o comportamento, a atitude, postura, o dialogo e não é tomado de surpresa pela emoção que esta sendo gerada pelos participantes. Depois de algum tempo observando tem-se a impressão de que