As vezes quando eu chego em casa, naquele intervalo em que a
natureza desliga o sol e liga a lua, recostado no sofá , com a adrenalina
baixando, vou desligando a realidade e ligando a sensibilidade.
Nesse instante mágico de penumbra os olhos fraquejam e se eu
tiver sorte de não ser interrompido pelo chick da televisão ou dos talheres do
jantar, eu passo a mergulhar num estado leve de imaginação que me leva ao
passado, ao tempo da juventude e se um cochilo me arrebatar vai se transformar
num sonho e eu terei a oportunidade de ver aqueles desejos se concretizarem numa falsa realidade, que
por um instante me deixarão feliz.
Nesse momento vejo concluído um sonho do passado que embora
distante, pinçado para a realidade , mesmo que efêmera, maravilhoso.
Saboreio, degusto e me encanto. Vou então querendo mais,
buscando mais coisas, puxando as lembranças. A lista é grande o entusiasmo
aumenta.........
Mas de repente, palavras mágicas interrompem o devaneio:
“AMOR, TA NA MESA”.
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