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Os críticos

Há pessoas extremamente críticas, o que aconteceu para que elas não mais conseguissem fazer um elogio, perceberem um acerto.

A crítica como ela vem, geralmente, após o fato ela é revestida de verdade, de constatação.
Essa idéia de assertividade traz ao crítico satisfação e autoconfiança.

Esse reforço o incentiva a colocar mais foco em suas observações críticas, e o ciclo se estabelece.
Como o retorno é compensador,  mais se aprofunda no processo a ponto de se tornar um especialista.
Passa então rotular as pessoas, as situações, ao rotular ela começa a influenciar outras pessoas, que também passam a ver as pessoas e as situações daquela forma. Chatos, incompetentes, lerdos, estigmas que facilmente se espalha.
Com o tempo o crítico, confiante, começa a fazer previsões. Como temos a tendência de dar mais valor ao que não deu certo, as chances de antecipação do critico ficam elevadas.
Toda a previsão negativa por ele feita, só será considerada, quando realizada, pois as que não acontecem nem são observadas. A estatística acaba a seu favor.
A crítica ao contrário do que se acredita não constrói. Esse negócio de crítica construtiva não funciona, ela é sempre destrutiva porque está revestida do sentimento de superioridade, do dono da verdade, caso contrario ela seria um conselho.
Para gerar um elogio a pessoa precisa reconhecer o valor do ato ou a postura de uma pessoa e se desprender de seu ego, isso torna o elogio a mais poderosa ferramenta de transformação ao incentivar e a pessoa a ação.
Faça elogios, veja os resultados, é bom para quem recebe, mas é muito melhor para quem os formula.
Elogio é fluxo para frente.

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cansei de estar so

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