Magoa é um vaso quebrado que se pode colar, mas não se recompõe o original. Toda tristeza guarda no peito de quem sofre uma magoa que se apaga, mas não se dissolve, é como uma mancha d’água. É só uma pequena lembrança da causa e ela se instala novamente. O que fazer para minimizar seu efeito? O remédio é a substituição, sim substituir os elementos da causa por algo maior que cubra a marca tornando-a invisível. É bem conhecido que: para curar a perda de um amor é substituir por outro. Mas esse outro terá que ser maior , que roube o impacto do antigo, que inverta o sentido do outro. É cobrir, colando um adesivo, costurando uma nova estampa. Bordando um novo desenho. Afogar as magoa. T ambém não resolve , elas boiam. Tem que ser algo para fixar no fundo, uma ancora. É cobrir um passado que incomoda, com um novo desejo, uma nova esperança. A esperança cria expectativa, cobre com um manto o rancor, apaga a tristeza, esvazia o sentimento de perda que a acompanha....
Que legal esse blog. Não sabia dos seus pendores poéticos e filosóficos, Tenho também um blog deladeia.blogspot.com, mas está meio desatualizado. Escrevi várias crônicas sobre o pessoal da Unipar que publiquei no Face do grupo, mas não participo mais. Tenho as crônicas armazenadas para quem quiser ler. Até sugeriram que publicasse um livro, mas não sei se é ideia. Publiquei um livro de crônicas "O encontro das águas". Abraços.
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