Esta manhã
sentado na areia da praia larguei as preocupações, deixei em casa, passei a
observar as pessoas que fixavam o olhar sobre a jovem de cabelos longos, pele
queimada pelo sol e pelo sal, olhos cuja cor variava conforme o reflexo do mar
e que ao passar deixava marcas definidas no chão.
Uns
admiravam, outros invejavam querendo se apropriar de sua beleza.
Anos depois
voltei à mesma praia, e lá estava uma mulher andando na areia e lentamente fiquei
observando e identifiquei que era a mesma, embora já não irradiasse a mesma
beleza, mas duas coisas foram decisivas no reconhecimento.
Os olhos que
não envelhecem, porque eles representam a alma e, portanto continuavam a
refletir nuanças da cor do mar e as sequencia das pegadas ainda que não tão firmes
e em menor ritmo, mas o mesmo andar, o mesmo balanço, porque elas representam a
vida, um caminhar.
Olhei na
água para ver meus olhos e caminhei na praia para medir meu ritmo, eu
envelhecera também.
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