Chegou um momento em que temos que estar mais presentes do
que nunca.
O mundo se tornou um lugar muito complexo para lidar sem que
estejamos íntegros de corpo e alma. Não mais é possível lidar com o físico sem
integrar as emoções, os sentimentos. Assim como não é mais possível tratar o
mundo sem a presença de todos.
O momento exige que nos unamos para manter nossa evolução e
não sucumbir ao caos da transformação.
Sinto que se faz necessário conhecer cada vez mais o
próximo, desfrutar de suas qualidades.
Temos que estar abertos à percepção de que juntos é a única
forma de lidar com o complexo.
Temos que desmistificar que o domínio de uns sobre os outros
é o caminho que nos compensa, nos favorece. Se isso fosse verdade as coisas
estariam melhores e a existência mais significativa.
O que se vê, no entanto, é um lugar onde todos buscam e ninguém
encontra, ou melhor, é um lugar que ninguém se encontra pleno de prazer, e
completo em existir.
Facetados estamos lutando uns com os outros, achando que ao nos
isolar, nos recolher ao tamanho do nosso quintal, vai nos livrar da angustia,
do medo e do sofrimento que as dificuldades que a vida gera.
Foram se os tempos em que conseguíamos facilmente lidar com
coisas que até então era viável resolver sozinhos.
Agora necessitamos da presença de todos, da irmandade para garantir
não retrocedermos, para desfazer o emaranhado em que nos metemos. Precisamos da
presença dos outros para completar a nossa e trazer de volta a integração que perdemos,
a inocência e a criatividade de nossa infância o desprendimento e a noção de
liberdade que possuíamos e que acabaram subjugadas ao longo dos anos de nosso amadurecimento.
Esquecemos que ao alargar nossa consciência conseguimos
buscar forças interiores que nos capacitam a vivenciar o complexo.
Complexo trata-se com complexo, o todo se trata com o todo,
daí a necessidade de buscar a totalidade de nossos irmãos para uma presença
global, para que nada fique fora do contexto.
Sentir ficou mais importante que pensar, é intuir em vez de
deduzir, esse é o caminho, é trazer o complexo maior, para lidar com o complexo
menor.
Sentir, nos leva ao resultado, nos impede de desviarmos da
solução e de nos apaixonarmos pelo processo, pois temos mais fascínio pela
competição que pela cooperação.
Sentir nos desapega de preconceitos e amplia nossa consciência,
e nos deixa prontos para o futuro que não para de chegar e de se tornar cada
vez mais diferente e desafiante.
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