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Dilema



Homem ou Maquina. Vamos ficar cada vez  mais dependentes, vamos sucumbir?
Nossa aposta é na intuição que deve se transformar no nosso diferencial e evitar total submissão. A saída talvez  esteja no fato de que com a evolução a quantidade de variáveis complexas aumenta e mais fatores imponderáveis, como as emoções, vão sendo agregadas,e a incerteza passa então a incomodar e dificultar as decisões.
Nesse nível de atuação só o senso intuitivo, que não opera na sequencia lógico, pode compor a interação, complexidade - emoção e levar a uma solução viável.
Isso porque só a intuição consegue reunir o conjunto dessas alternativas e processa-las instantaneamente, e direciona-la para atender o desejo humano, ela não depende do tempo.
Quem não passou por uma situação de medo, ameaçado tomou uma decisão para agir e depois não consegue entender como aqueles pensamentos todos couberam naquela fração de segundo.
É que a intuição faz uma interação numa velocidade espantosa e incalculável, e ao contrario da lógica, quanto mais informação for fornecida e exposta à integração, melhor a qualidade da resposta.
É conhecido de qualquer um o fato de “ruminarmos” um problema por horas sem conseguir dar sequencia e de repente surge a solução. Na realidade, ao ruminarmos, estamos colocando mais e mais informações até um nível que a intuição consegue processar e entregar uma resposta.
E veja que, como a intuição pode rastreia um numero elevado de variáveis ponderáveis e imponderáveis, quanto mais informação relacionada ao problema melhor será a qualidade da resposta, melhor o insight.
Agora, quando estamos empenhados na busca de algo novo ,inédito, aí é necessário extrapolar e buscar informações e elementos alem da fronteira do problema. É necessário informações não vinculadas, e muito variada, para ter uma solução inédita e nesse sentido o emocional contribui muito e nosso mecanismo criativo desperta. As maquinas sem terem a co-relação e a associação não conseguem processar por mais capacidade que tenham.  
Sentir é uma capacidade única e humana.



Comentários

cansei de estar so

A verdade nua e crua

Um conto antigo “A verdade saindo do poço” nos conta, resumidamente, que a verdade e a mentira se despiram para banhar-se num poço. Sorrateiramente a mentira saiu, sem que a verdade percebesse , vestiu as vestes da verdade e sumiu. Quando a verdade saiu do poço ficou nua e crua, pois se recusara a vestir as roupas da mentira. Mas na realidade quem veste a mentira são as pessoas, quem conta pela primeira vez, sabe que é mentira, mas as pessoas com o desejo de que aquela mentira seja verdade a disfarça e a alimenta. Dizer que uma mentira dita muitas vezes se torna verdade é exatamente a manifestação desse desejo. A mentira permanece, e o desejo se concretiza. Como no mundo as aparências predominam, as vestes, o melhor os desejos escondem a mentira para que só se perceba a crosta que a encobre. O emissor é esquecido, o conteúdo é diluído ao longo do trajeto e as vestes se fortalecem com novas camadas e assume o conteúdo, o desejo é sempre o elemento mais forte de realidade. A

Mancha d´agua

Magoa é um vaso quebrado que se pode colar, mas não se recompõe o original. Toda tristeza guarda no peito de quem sofre uma magoa que se apaga, mas não se dissolve, é como uma mancha d’água. É só uma pequena lembrança da causa e ela se instala novamente. O que fazer para minimizar seu efeito? O remédio é a substituição, sim substituir os elementos da causa por algo maior que cubra a marca tornando-a invisível. É bem conhecido que: para curar a perda de um amor é substituir por outro.   Mas esse outro terá que ser maior , que roube o impacto do antigo, que inverta o sentido do outro. É cobrir, colando um adesivo, costurando uma nova estampa. Bordando um novo desenho. Afogar as magoa. T ambém não resolve , elas boiam. Tem que ser algo para fixar no fundo, uma ancora. É cobrir um passado que incomoda, com um novo desejo, uma nova esperança. A esperança cria expectativa, cobre com um manto o rancor, apaga a tristeza, esvazia o sentimento de perda que a acompanha. A