Em frente da
janela me postei, pois dentro da casa estava minha alegria.
Cantei uma
canção que eu criei especialmente para ela naquele momento.
Notei que o luar
quando a via se desmanchava em sinfonia espalhando poesia, esperando que ela
saísse para abraçá-la e oferecer seu encantamento.
Nas cordas
do meu violão a minha fantasia se transformava numa canção e brindava aquele momento
mágico quando sua visão se postou na varanda.
Mas ela não
mostrou alegria, permanecia sem emoção apenas surpresa com a situação.
De repente, romperam-se
as cordas do violão, perdi o tom e os dedos soltos embaralhavam a canção.
Para salvar
a situação me pus a cantar, mas não consegui evitar as lágrimas que caiam sobre
meu peito e cintilavam com a luz da lua, que ao refletir no seu rosto, parecia incomoda-la.
Num instante
não a vi mais no balcão, engasguei na canção, ela sumira no tempo.
Mas foi minha
alegria quando a vi no portão, me deu a beijo e um olhar daquele jeito.
O que eu não
consegui com o violão e canto, consegui com a emoção.
Saudei então
o Incidente e a Lua como parceiros dessa aventura. A natureza sábia entendera o
meu coração.
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