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A linha do tempo



É interessante analisar o que vem acontecendo ao longo da história, ao longo da vivencia da humanidade.
É muito intrigante verificar que de tempos em tempos tudo volta a conceitos antigos; é como um recomeçar do ponto inicial, como ciclos fechados.

Cheguei à conclusão que exceto a tecnologia, que sempre avança, o resto ou melhor, o ser humano continua reciclando. Seu corpo físico não evolui, sua mente menos ainda.
Parece que estamos fixos numa estrutura física e mental e isso dificulta romper o ciclo.

Hoje, por exemplo, os princípios em moda são aqueles formulados três a cinco mil anos atrás; alguns como, Confúcio, Aristóteles, Buda estão em alta, o que disseram , parece se encaixar perfeitamente na expectativa do sentimento e do pensamento moderno.

Entretanto as coisas não estão tão bem assim se considerarmos o nível de satisfação das pessoas e analisarmos como estão os povos no mundo; o que se percebe é que apesar de todo avanço técnico, o suporte do pensamento filosófico do passando parecem insuficientes para gerar o bem estar à humanidade.

E porque não reformular, não há nada de novo a fazer?
Então por que não conseguimos promover o avanço? Porque sempre temos que recorrer ao passado?. Será que é a nossa configuração -razão e emoção- que limita uma evolução significativa?
Será que o ser humano não é o fim da cadeia evolutiva, como pensamos? Não reinaremos para sempre?

Na evolução de nossa espécie, à medida que foram incorporadas novas etapas, na passagem do macaco para o homem, sensos e sentidos foram sendo adicionados, assim ao Extinto dos primatas foram incorporados a Intuição, o Intelecto e com esses recursos a evolução deu um grande salto criando a civilização.
A sensação que fica é que estacionamos e não estamos conseguindo gerar mais sensos que produzam efeitos significativos. O que se nota é que ao contrario, voltamos ao passado para tentar salvar o presente.
O passar do tempo não mostra uma civilização que evolui, e apesar do avanço tecnológico, o nível de angustia, face a uma perspectiva de pouco resultado, continua aumentando.

O receio é que a natureza, avaliando nossa incapacidade de promover a evolução, nos substitua por um “participante” que tenha mais condições de lidar com o nível de complexidade atual.
Talvez um novo “personagem” onde possam ser adicionadas novas capacidades, que nós humanos não temos condições de receber, ou não conseguimos desenvolver.

No fim duas situações nos incomodam, ou realmente faz parte do contesto nosso ciclo se findar, se extinguir e aí não há realmente o que fazer, e fomos incapazes de utilizar nossos recursos de forma adequada.
De qualquer forma a vida não perdoa, a evolução tem que seguir à diante, conosco ou não.

E a questão é:
Ainda ha tempo de revertemos essa tendência?
A solução ainda estar em nossas mãos?
A resposta é difícil, mas certamente só nós poderemos tirar essa dúvida se resolvermos reagir e pagar para ver.





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