Cansei de julgar as pessoas, de me julgar. Agora quero compartilhar.
Me libertar do mundo isolado, quero invadir a privacidade dos outros, quero participar de seus lamentos, de suas dúvidas, de seus apegos.
Quero me intrometer, me embriagar nos seus sonhos, me pendurar nas suas esperanças, abraçar suas lembranças, me envolver em suas paixões.
Chega de só eu, quero mais, quero você, quero eles, quero nós.
Por maior que sejam meus desejos, eles não são suficientes para preencher minha vida.
Eu preciso do sorriso, do olhar, da ternura, da inocência dos outros.
Eu preciso me ver no reflexo de alguém. Eu preciso me entregar para poder criar, para construir.
Eu tenho que me que jogar na busca da coesão, do sentido e da razão, no encontro da harmonia, sem ela sou um elo solto, um traço na escuridão, uma fraca penumbra.
De mãos dadas, eu percebo o mundo que me rodeia, sinto a força das pessoas, concretizo minha existência.
Eu não estou à parte da humanidade, não estou em cima do destino, eu corro ao lado.
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