Esses
sentimentos aparecem quando percebemos uma atitude em oposição ao nosso senso,
nossas convicções, nossas certezas.
A diferença
entre o ódio e a mágoa é que o ódio é movido por uma energia que nos mantém
ativo, alerta, preparado para um desejo de enfrentamento. É uma oposição contra
alguma coisa, uma situação, uma pessoa. Ou seja, no ódio o fenômeno é ativo,
o fato está fora da pessoa. A preocupação é produzir uma ação contra o fato
gerador.
Já a magoa
ao contrario, nos mantem passivos, a oposição é interna, a energia gerada é consumida
contra a própria pessoa que, portanto lutando contra si mesma definha.
O ódio é
parceiro da vingança a magoa é parceira da tristeza. No ódio colocamos a culpa
num elemento externo, na magoa ale fica dentro de nós.
É claro que
o remédio para ambos é o perdão, assim como é claro que perdoar uma magoa é
muito mais difícil.
No ódio
perdoamos algo externo e com isso nos reintegramos, pois cortamos a ligação e
pronto, nos aliviamos e podemos até esquecê-lo. Na magoa é mais complicado,
pois temos que conviver com o perdoado, nunca nos livraremos dele. Qualquer
situação ou fato relacionado que nos faz lembrar o episódio e nos devolve a
sensação desagradável.
Curar uma
magoa é para gigantes, talvez requeira muitas passagens ate conseguir
dissolve-la, pois tem que ser pouco a pouco, como um mingau, para não
empedra-la e torna-la permanente.
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