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Voltar a se jovem

 

Por que voltar para traz, voltar no tempo? Reviver o que já experimentamos se estamos na frente, mais seguros, mais ponderados, mais cautelosos, mais descomplicados, mais simples, mais conscientes, mais seguros?

Será que teria graça? Será que conseguiríamos naturalmente, ou seria um fingimento considerando nossa cabeça atual? Uma hipocrisia considerando os valores que agora cultivamos, um desprezo ao aprendizado o conhecimento que a duras penas foi conseguido.

Para que ser jovem? Os elogios e reconhecimentos seriam mais importantes que os atuais?

A questão é que os que nos avaliam como jovens e nos vêm dessa forma, são pessoas que estão enxergando a nossa alma.  A alma não tem idade, está sempre jovem, como eterna ela não liga para o tempo.

Então se alguém nos chamar de jovem devemos agradecê-lo, pois ele está falando dela.


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cansei de estar so

A verdade nua e crua

Um conto antigo “A verdade saindo do poço” nos conta, resumidamente, que a verdade e a mentira se despiram para banhar-se num poço. Sorrateiramente a mentira saiu, sem que a verdade percebesse , vestiu as vestes da verdade e sumiu. Quando a verdade saiu do poço ficou nua e crua, pois se recusara a vestir as roupas da mentira. Mas na realidade quem veste a mentira são as pessoas, quem conta pela primeira vez, sabe que é mentira, mas as pessoas com o desejo de que aquela mentira seja verdade a disfarça e a alimenta. Dizer que uma mentira dita muitas vezes se torna verdade é exatamente a manifestação desse desejo. A mentira permanece, e o desejo se concretiza. Como no mundo as aparências predominam, as vestes, o melhor os desejos escondem a mentira para que só se perceba a crosta que a encobre. O emissor é esquecido, o conteúdo é diluído ao longo do trajeto e as vestes se fortalecem com novas camadas e assume o conteúdo, o desejo é sempre o elemento mais forte de realidade. A ...

Reflexos

A única face que jamais conheceremos é a nossa própria. Podemos nos conhecer de reflexos em espelhos e fotos. Nunca nos vimos cara a cara. “É no reflexo dos olhos da mãe que nos vemos pela primeira vez”. É no reflexo de todas as nossas relações que construímos o nosso próprio senso, “quem” somos. Mas constantemente esquecemos essa condição de dependência. Os espelhos nos enganam, pois frios e vazios, só mostram a nossa vaidade envelhecendo no tempo. Na verdade só conversamos com eles quando não queremos respostas. Nossas relações também enganam, ou se enganam devolvem um reflexo que passa pelos seus critérios, seus valores, suas limitações e depois de um tempo, acabamos dependentes delas. Influenciados criamos uma identidade própria que enganamos a todos e até a nós próprios, mas não nossa mãe. Ela tem um filtro no coração que apaga o tempo, e recupera a inocência. Ela nos mostra a criança, que realmente é o que sempre fomos se despido de outros reflexos. Seria ...