Interessante, “todo mundo quer ir para o céu, mas ninguém quer morre”. Escutei essa frase e logo me empenhei em buscar uma resposta e a que me apareceu foi esta: as pessoas têm receio de não estar preparadas para a imensidão que vão encontrar.
Supõem - se que
ao sair de limite físico da existência, entraríamos numa dimensão infinita.
O infinito,
do qual disfrutávamos só um espaço limitado, sempre existiu, e consequentemente
por ser eterno não tem contagem do tempo. O tempo passa a ser uma condição
apenas existencial, o infinito é eterno.
Ser eterno
significa que tudo esta disponível sempre, logo na nossa existência o que
fazemos é escolher algumas alternativas que vamos sequencialmente substituindo
por outras e com isso criamos a noção de passado e futuro. Na realidade tudo
está sempre presente e disponível. Essa é justamente a condição pela qual na Física
Quântica a noção de tempo não faz sentido.
Instintivamente
parece que desconfiamos que estaremos saindo desse lugar onde contamos anos,
dia, horas, marcamos passado, presente, futuro em lembranças e sonhos, para um
lugar sem começo e nem fim.
O tempo nos trás
a noção de esperança, podemos sempre pensar em avançar e conseguir mudar alguma
coisa e contar com o que já passou, a experiência, e o legado por outros deixado.
O dilema
resulta então dessa incógnita subliminar que nos retém na controvérsia.
Se ainda acrescentarmos
um foco de espiritualidade, onde sempre é previsto um julgamento, estar a altura fica mais pesado ainda.
Assim penso
que enquanto estivermos no limite físico, nesse espaço do eterno, é razoável
queremos IR PARA O PARAIZO E NÃO QUERER MORRER.
Há muito
tempo buscamos estender a longevidade, uma forma de se buscar a vida eterna, a
tão sonhada imortalidade, e escapar do dilema, mas isso se possível não vai
garanti o paraíso.
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