Julgar é um proceso complexo e dá trabalho mas nossa lei do minimo esforço nos leva a simplificar, passamos então a rotular no primeiro contato, no primeiro olhar, sem nos aprofundamos, carimbamos os outros como falsos, egoístas, soberbos...
Julgar leva tempo e tempo muda em estações para nos mostrar os diversos aspectos de um mesmo lugar ou de uma situação. Imagine então se julgarmos uma pessoa conforme as estações do ano, e se fizermos isso logo no primeiro contato. Se estivéssemos no verão seria alegre e jovial, na primavera, radiante, vistoso... estaríamos então vendo uma única face, só um aspecto do todo que uma pessoa é.
Mas ao
contrario do tempo, nos humanos é que estabelecemos nossas estações, que são estados emocionais complexos que vão variando conforme nossa vida vai se desenrolando, assim o
julgamento vai depender da estação em que estamos e da que os outros estão daí
a possibilidade de uma avaliação ser parcial e falha.
Na realidade
precisaríamos passar por varias estações nossa e deles para tirar uma conclusão,
uma combinação muito complexa que só nos faria aproximar, mas jamais considerar
completa.
Além disso,
nossas mudanças de estação são demoradas porque geralmente elas dependem de um
impacto emocional que nos chacoalhe, para acontecer, como uma perda ou um rompimento
de relacionamento, algo que nos faça repensar algum valor enraizado, um acontecimento
que supere conceitos estabelecidos há muito tempo.
Entendo com
tudo isso que não julgar se torna mais justo, menos complexo e melhor para
ambos, porem uma tarefa que ira depender do quanto estamos dispostos a abrir mão
de alguns de nossos rótulos. Rótulos que nos colocaram e que por conveniência gostamos
e incorporamos a nossa personalidade, durão,
exigente, implacável, etc.. Passamos então, atraves dsses rótulos, sermos reconhecidos e
temos receio de que se mudarmos perderemos o poder, o respeito das pessoas com
quem convivemos.
Não julgar,portanto, nos livra das estações, nossas e deles, conseguimos assim capturar e enchergar mutio mais nuancias de sentimentos, perceber sensibilidades, porque estamos abertos, derrubada nossas barreiras, nos desobrigamos de acertar. Nos livramos da toga do juiz e colocamos nossa capa de humildade ao reconhecer que por mais que façamos jamais conseguiremos desvendar um ser humano por completo. Ainda bem, para não estragar a beleza da exitencia, divinamente projetada para ser unica e exclusiva para cada um de nós.
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