Ficamos buscando uma ilusão chamada verdade. É uma busca inútil. Sua duração seria pequena, pois ao abraça-la nossos apegos e pré-conceitos se misturariam e a modificariam. A verdade é um instante que se esconde entre duas certezas opostas, em uma ação transitória. Na transitoriedade perde a limpidez, o concreto, se rarefaz, se expande e permite uma nova visão. Ao desfazer as certezas cria-se a dúvida e a duvida abre espaço para a visão, que pode nos levar a verdade enquanto ainda estamos segurando a intervenção de nossos conceitos. Ela é como uma penumbra, presente na passagem entre o claro o escuro, quando estes se revezam , criando a instabilidade. Uma passagem que nos acena e nos abandona, na próxima abordagem. Durante esse lampejo, essa fração de tempo, encontramos a verdade, mas logo nossos antigos conceitos, ao se misturarem com ela, a transformam e a deformam. A busca pela verdade resulta então, em ACHAR NOSSA VERDADE. Relativizamos a verdade...
Acordo e logo cedo, surgem as inspirações.
Reflexões sobre o cotidiano, da prosa à poesia.
Espero que se inspire também!